Megaeventos como estratégia para o desenvolvimento urbano: balanço crítico e expectativas da COP30 no Brasil
O tema Megaeventos no Brasil ganhou notoriedade acadêmica após várias edições de megaeventos esportivos ocorridos no país. A temática, mobilizou pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento, com importantes debates que identificaram problemas, foram entusiastas em certas ações e depositaram muitas esperanças nos legados, em especial os de natureza urbana, que seriam deixados por tais iniciativas.
Após uma década, pouco se recupera de debates sobre obras inacabadas, projetos mal executados, BRT’s inconclusos e estádios subutilizados. Os megaeventos parecem continuar povoando o imaginário dos que consideram essa a solução para a superação dos inúmeros problemas urbanos nas grandes cidades e estratégia de projeção no cenário mundial. Há que se discutir se este é o caso da realização da COP 30 em Belém, no ano de 2025, uma vez que, diferente dos megaeventos esportivos, Belém não passou por experiência transformadora como sediar a Copa do Mundo de futebol.
Assim, parece oportuno e necessário revisitar as experiências anteriores e sinalizar para o que, de fato, a sociedade pode esperar em termos de transformações de infraestrutura urbana promovidas para receber tais megaeventos e dos legados que resultam do pós-evento.
Assim, o DIURB’24 além de expressar as preocupações com o tema das transformações urbanas ocorridas em função dos megaeventos no Brasil, visa a estimular não apenas um balanço crítico das ações, obras, investimentos e legados que concorreram (ou não) para o desenvolvimento urbano, mas almeja promover reflexões sobre a realização da COP30 no Brasil no ano de 2025 e discutir sobre o potencial transformador desse evento para a cidade sede, envolvendo a participação da academia, de gestores públicos e da sociedade civil.
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Até 04/04/2024 |
Após 04/04/2024 |
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Estudantes de Graduação ou Pós-graduação |
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R$ 50,00 |
R$ 75,00 |
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Profissionais / Pesquisadores / Docentes |
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R$ 100,00 |
R$ 150,00 |
Os GPU podem ou não estar inseridos em estratégias de caráter "mega", assim, esse eixo tem por objetivo discutir experiências relacionadas ao êxito ou fracasso dos GPU em termo de transformações urbanas, com ênfase naqueles que impactaram cidades do norte e nordeste do país, mas sem excluir outras experiências no país e no exterior.
Tem por objetivo discutir os impactos sociais, ambientais e urbanos dos megaeventos no que concerne, dentre outros, às repercussões na estrutura urbana, na infraestrutura de saneamento ambiental, transportes e provisão de equipamentos urbanos, assim como os impactos sociais decorrentes de remoções, deslocamentos de populações pobres e exclusão nos processos decisórios, dentre outros.
Esse eixo tem por objetivo problematizar sobre as condições urbanas atuais e refletir sobre os eventuais impactos socioambientais urbanos que a COP pode promover na cidade sede da Conferência das Partes.
Esse eixo tem por objetivo promover a reflexão sobre a dimensão urbana das mudanças climáticas, com ênfase nas repercussões oriundas da intensificação dos eventos extremos como chuvas, alagamentos, seca e calor e quais as soluções propostas para seu enfrentamento.